A "Operação Carbono Oculto", deflagrada nesta quinta-feira (28), mobilizou 1.400 agentes em dez estados para desarticular um esquema bilionário do PCC no setor de combustíveis. E ela revelou 42 alvos concentrados na Avenida Faria Lima, principal centro financeiro do Brasil, entre empresas, corretoras e fundos de investimentos distribuídos em apenas cinco endereços.
A presença massiva de alvos na Faria Lima expôs como a facção criminosa se infiltrou no coração do sistema financeiro nacional. As estruturas eram usadas para ocultação de bens e funcionavam por meio de empresas do mercado financeiro, com a investigação identificando o uso de fintechs e instituições de pagamento para movimentação financeira fora dos canais oficiais.
O esquema movimentou R$ 52 bilhões por meio de postos de combustíveis ligados à facção, com fintechs utilizadas como "bancos paralelos" para dificultar o rastreamento financeiro. A Receita Federal revelou que a facção geria 40 fundos de investimentos, demonstrando um nível de sofisticação financeira nunca antes visto em organizações criminosas brasileiras.
Com esse modelo, o grupo financiou a compra de postos de gasolina, caminhões, usinas, fazendas e imóveis de luxo. A operação apurou sonegação de R$ 7,6 bilhões em impostos, evidenciando como o crime organizado utilizou as mais importantes instituições financeiras do país para legitimar recursos ilícitos e expandir seus tentáculos na economia formal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários sem o seu NOME não serão aprovados
MATÉRIAS ASSINADAS , com FONTE, são de responsabilidade de seus autores.
contatos blog: whats: (77) 98128-5324
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.