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quinta-feira, 4 de junho de 2020

MAIOR E MAIS ANTIGO MONUMENTO MAIA É ENCONTRADO NO MÉXICO

Pesquisadores acreditam que a obra foi fruto do trabalho diário de cinco mil pessoas, que se dedicaram integralmente por mais de seis anos.
O que parecia apenas um extenso campo no estado de Tabasco (México) era, na verdade, o berço de um monumento maia construído entre 1.000 a.C. e 800 a.C. A descoberta foi feita por arqueólogos da Universidade do Arizona, que estavam mapeando o local através da técnica de Lidar (sigla em inglês para “detecção e alcance da luz”). Basicamente, eles usaram um aparelho para sobrevoar o local
apontando lasers potentes para a região que criavam um mapa 3D daquela superfície.
O tamanho do monumento, chamado de Aguada Fénix, impressiona. É um grande bloco retangular de 15 metros de altura, 1,4 quilômetros de comprimento e 400 metros de largura. Os pesquisadores acreditam que tenha sido necessário, em média, 4 milhões de metros cúbicos de terra para montar a enorme estrutura.
E os engenheiros da obra tiveram trabalho – a estimativa é que, todo dia, durante mais de seis anos, cinco mil pessoas pegavam no batente dia e noite para chegar nesse resultado final. Além disso, havia ainda outras 20 estruturas menores, mas com bases similares, espalhadas pelo espaço.
Mas, ao que parece, a construção foi pensada em comunidade. Não há indícios de que tenha sido usado trabalho forçado ou mesmo que houvesse qualquer tipo de distinção de classe naquele período. Isso porque, ao contrário de outros monumentos maias já conhecidos, não havia esculturas que remetessem à figuras de poder.
Os arqueólogos acreditam que o monumento tenha sido usado como templo de celebrações, já que não há sinais de moradias pelos arredores. Além disso, a civilização que ocupou aquele espaço era provavelmente formada por nômades, que estavam pela região em busca de alimentos, seja por meio da caça ou plantação. O que motivou a fixação deles no local e a construção do monumento é uma pergunta que, por ora, não há resposta.
Takeshi Inomata, principal autor do artigo, disse à National Geographic que “é muito difícil de explicar, mas quando você entra no local, não percebe a imensidão da estrutura”. Ele se refere a sensação de estar apenas sobre uma colina, e completa, “são mais de nove metros de altura, mas as dimensões horizontais são tão grandes que você não percebe o quão alto está”.






fonte: superinteressante

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