Pesquisadores acreditam que a obra foi fruto do trabalho diário de
cinco mil pessoas, que se dedicaram integralmente por mais de seis anos.
O que parecia apenas um extenso
campo no estado de Tabasco (México) era, na verdade, o berço de um monumento
maia construído entre 1.000 a.C. e 800 a.C. A descoberta foi feita por
arqueólogos da Universidade do Arizona, que estavam mapeando o local através da
técnica de Lidar (sigla em inglês para “detecção e alcance da luz”).
Basicamente, eles usaram um aparelho para sobrevoar o local
apontando lasers
potentes para a região que criavam um mapa 3D daquela superfície.
O tamanho do monumento, chamado
de Aguada Fénix, impressiona. É um grande bloco retangular de 15 metros de
altura, 1,4 quilômetros de comprimento e 400 metros de largura. Os
pesquisadores acreditam que tenha sido necessário, em média, 4 milhões de
metros cúbicos de terra para montar a enorme estrutura.
E os engenheiros da obra tiveram
trabalho – a estimativa é que, todo dia, durante mais de seis anos, cinco mil
pessoas pegavam no batente dia e noite para chegar nesse resultado final. Além
disso, havia ainda outras 20 estruturas menores, mas com bases similares,
espalhadas pelo espaço.
Mas, ao que parece, a construção
foi pensada em comunidade. Não há indícios de que tenha sido usado trabalho
forçado ou mesmo que houvesse qualquer tipo de distinção de classe naquele
período. Isso porque, ao contrário de outros monumentos maias já conhecidos,
não havia esculturas que remetessem à figuras de poder.
Os arqueólogos acreditam que o
monumento tenha sido usado como templo de celebrações, já que não há sinais de
moradias pelos arredores. Além disso, a civilização que ocupou aquele espaço era
provavelmente formada por nômades, que estavam pela região em busca de
alimentos, seja por meio da caça ou plantação. O que motivou a fixação deles no
local e a construção do monumento é uma pergunta que, por ora, não há resposta.
Takeshi Inomata, principal autor
do artigo, disse à National Geographic que “é muito difícil de explicar, mas
quando você entra no local, não percebe a imensidão da estrutura”. Ele se
refere a sensação de estar apenas sobre uma colina, e completa, “são mais de
nove metros de altura, mas as dimensões horizontais são tão grandes que você
não percebe o quão alto está”.
fonte: superinteressante
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