Os casos registrados nos últimos três dias reacenderam o alerta nacional sobre a escalada da violência de gênero. A morte de uma mulher e quatro crianças, somada a duas tentativas de feminicídio, evidenciou a gravidade de um cenário em que mais de mil mulheres já foram assassinadas em 2025 pelo fato de serem mulheres. Registros recentes reforçam o padrão identificado por autoridades: relacionamentos marcados por controle, rupturas não aceitas e agressões prévias que antecedem os ataques fatais.
Em São Paulo, uma câmera de segurança registrou o atropelamento intencional de Tainara Souza Santos, de 31 anos, arrastada por um quilômetro após o motorista acelerar com ela presa sob o carro. A polícia prendeu o ex-companheiro Douglas Alves da Silva, de 26 anos, que segundo testemunhas não aceitava o fim do relacionamento. No Recife, a morte de Isabele Gomes de Macedo e de seus quatro filhos, de 1 a 7 anos, ocorreu após o companheiro incendiar a residência da família. No dia seguinte, na capital paulista, Evelin de Souza Saraiva, de 38 anos, foi atingida por cinco tiros disparados pelo ex-companheiro, que segue foragido.
Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública mostram avanço continuado das tentativas de feminicídio, que cresceram 26% em 2024 e somaram mais de 2,7 mil casos de janeiro a setembro de 2025. As mortes chegaram a 1.075 no período, evidenciando a insuficiência das medidas de prevenção. Agora nos encontramos com cada vez mais urgência a defesa de políticas que combinem proteção imediata, programas de renda e educação de crianças e adolescentes para transformar padrões sociais que sustentam a violência de gênero.
(Na foto: mulher morta no centro de Itapetinga Bahia.)

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