A Anomalia do Atlântico Sul se
estende desde a América do sul até o sudoeste da África, sendo uma vasta
extensão de intensidade magnética reduzida. O campo magnético da Terra atua
como se fosse um escudo protegendo o planeta de ventos solares e da radiação
cósmica, por isso qualquer alteração precisa
de monitoramento.
Por enquanto, não há nada de
preocupante, indica a ESA. Entretanto, os principais efeitos podem causar
falhas nos satélites e nas naves espaciais, que podem ser expostos a uma maior
quantidade de partículas carregadas. Isso desde que passem nos céus do Oceano
Atlântico Sul.
O campo magnético da Terra está mais fraco?
Pesquisas indicam que durante os
últimos dois séculos o campo magnético da Terra reduziu cerca de 9%. Além
disso, somente nos últimos 50 anos a redução foi de 24.000 nanoteslas para
22.000 nanoteslas. Isso foi auxiliado pela Anomalia do Atlântico Sul.
Entretanto, os pesquisadores da
ESA ainda não conseguiram identificar porque essa condição está acontecendo.
Mas, eles sabem que o campo magnético da Terra é produzido por correntes
elétricas geradas dentro do núcleo externo de nosso planeta. E embora a
condição seja estável, em escalas de tempo existem alterações.
Alterações como essa são normais
Estudos indicaram que o campo
magnético da Terra constantemente sofre alterações, mudando a cada centenas de
milhares de anos. Além disso, os polos magnéticos norte e sul costumam trocar
de lugar.
A questão é que os pesquisadores
não conseguem fazer a junção dessa condição com a Anomalia do Atlântico Sul,
que poderia ser causada por um reservatório de rochas densas na África. Mas,
eles sabem que a anomalia não está parada e desde 1970 vem se movendo para
oeste, numa velocidade de 20 quilômetros por ano.
Nos últimos 5 anos um segundo
centro de intensidade mínima começou a se abrir dentro da anomalia, fato
indicado pelo satélite Swarm, da ESA. Assim, pode ser um procedimento para que
a anomalia se divida em duas células separadas, com o original acima da América
do Sul e a nova célula chegando ao sudoeste da África.
“O novo mínimo oriental da
Anomalia do Atlântico Sul apareceu na última década e, nos últimos anos, está
se desenvolvendo vigorosamente”, diz o geofísico Jürgen Matzka, do Centro
Alemão de Pesquisa em Geociências.
Os pesquisadores adotam como
desafio a compreensão dos processos que acontecem no núcleo da Terra e que
permitem essas mudanças. Por enquanto eles ainda não sabem quais serão os
próximos passos da anomalia, mas sugerem que um evento como este é comum, se
pensarmos ao longo de centenas de anos.
De fato, os cientistas vão
continuar analisando essa anomalia, até que tudo fique mais claro e respostas
sejam dadas.
fonte: sócientifica
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