Nove dos dez filhos da médica pediatra Dra. Alaa al-Najjar foram mortos na sexta-feira (23) após um ataque aéreo israelense atingir sua residência na região de Qizan Al-Najjar, no leste de Khan Younis, sul da Faixa de Gaza. A ofensiva foi confirmada por autoridades de saúde locais e ocorreu enquanto a médica estava em serviço, atendendo crianças feridas em meio à contínua ofensiva israelense contra o enclave palestino.
O marido de Alaa, Dr. Hamdi al-Najjar, também médico, ficou gravemente ferido e encontra-se internado em estado crítico na Unidade de Terapia Intensiva do Complexo Médico Nasser, onde a esposa trabalha como especialista pediátrica na clínica al-Tahrir. O único filho sobrevivente do casal também está internado em estado grave.
A confirmação do ataque e de suas vítimas foi feita pelo Dr. Munir al-Bursh, diretor-geral do Ministério da Saúde de Gaza. “Esta é a realidade que nossa equipe médica enfrenta em Gaza. As palavras são insuficientes para descrever a dor. A agressão de Israel vai além, dizimando famílias inteiras”, declarou al-Bursh.
De acordo com o relato da Dra. Suheir al-Najjar, sobrinha do casal, o bombardeio foi deliberado. Ela afirmou que a casa foi atingida inicialmente por um míssil defeituoso, seguido por outro que causou a destruição total da residência, sem chance de fuga para os ocupantes. Segundo Suheir, os militares israelenses utilizaram um míssil com tecnologia avançada de precisão capaz de identificar as pessoas dentro da casa. Eles tinham pleno conhecimento da presença de dez crianças — a mais velha com 12 anos e a mais nova com apenas seis meses — e de um médico humanitário no local.
“Israel sabia quem estava naquela casa. Eles sabiam que ali havia crianças pequenas e um médico. Mas mesmo assim decidiram bombardeá-la”, disse Suheir.
Três dias antes do ataque, Moshe Feiglin, líder do partido israelense de extrema direita Zehut e ex-deputado do Knesset pelo Likud — partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu —, havia declarado publicamente que “cada criança, cada bebê em Gaza é um inimigo”, pedindo que Tel Aviv os “eliminasse”.
Fonte: Anadolu Agency
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